terça-feira, 29 de novembro de 2011

Devaneios

Meu pensamento desajustado...
Minhas roupas em desalinho!
Meu coração desatino.
Por um nó desatado!
Por seu desamor...

Meu sentimento desbriado!
Um choro descabido...
Por ter sido descartável.
Por meus atos desmedidos

Meu olhar descolorido...
Deseja descansar.
Desvendar o que foi dito!
Sem voltar a desconfiar!

Peço desculpas por isso!
Nunca mais devo amar!

Aninha
28/11/11

 

Desabafo.


Minhas mãos estão atadas...
Meu coração doido!
Na garganta, um grito abafado...
Pelo amor não correspondido!

Meu corpo envelhecido...
Pelo tempo que correu desmedido!
A pele marca as primeiras rugas.
Meu rosto cansado...

Doei minha vida toda ao amor!
Recebi ilusão e dor...
Pelas teias do destino, me sinto traída!
Minha vida... minha sina!
 
Aninha
27/11/11

Devaneios.


A chuva veio abrandar minha tristeza!
Observo da janela sua queda fina.
Seu barulho suave, me traz calma!
Lá fora, o quintal se molha de verde...
E o abieiro ganha vida! E eu alumbramento!
A tarde cai amoral...sigo com ela meus pensamentos...
Relembro do passado , cada momento, daquele céu anil!
Do beijo juvenil! Da saudade do que não vivi!
Sinto cheiro de erva doce...
E falta do toque suave de suas mãos!
Do seu hálito a balbuciar ao meu ouvido, palavras de amor!
Me recordo saudosa o bem querer!
O tempo escoa ligeiro...Cheio de boa fé!
A chuva que molhou o céu agora dormita!
Num lampejo volto a mim...
Mas sempre a te esperar!

Aninha
27/11/11

Vento.



Vento...leva pra longe de mim!
Tudo que sinto, por aquele que não é meu.
Leva contigo meu sorriso!
meu choro leve....meu cansaço.

Vento ...leva pra ti, tudo que não dei pra ele.
Aquele beijo longo e doce!
O cheiro de paixão!
Meus carinhos e sonhos...

Vento leva contigo..pra longe de mim!
Tudo que não vivi com aquele cara!
Aquele por do sol... que vi só!
O gosto da bebida amarga!
E a música que derramou minhas lágrimas!

Vento...leva pra qualquer lugar!
Que eu não possa ver, ouvir ou sentir....
Que eu não possa recordar!
E que numa dessas suas curvas...
Eu veja tudo passar.
Leva? Vento...levar!

ANINHA
escrito 24/03/11

A Partida.



A hora é chegada, a partida se anuncia.
A angustia e o medo tomão conta de mim!
A solidão vêm chegando,mansinha...

Ele parte me deixando só...
O choro do quarto vazio.
Agora sem ele; já sem brilho!
A solidão é fria como meu quarto.

Ouço o barulho do portão.
Ele se distância lentamente...
Já não mais o escuto !
E a solidão... se instalou!

Ela roubou minha paz...
A calma do meu coração,da minha alma...
Meu corpo sente seu frio.
Ele treme,soluça e chora !

Um choro doído, real e mórbido...
O choro amargo e duro da solidão !
E não ha nada que o faça mudar …
A partida é sempre certa...

Não adianta pedir, chorar ou amar.
Ele sempre se vai!
Quando é chegada a partida.
A solidão espera a porta...


Aninha
07/03/05

Tolice


Seu gosto amargo, ainda esta em minha boca.
Quando naquele beijo de ilusão, me deixei cair!
Sentir seu olhar sobre mim...
Seu desejo cruel!

Sei que fui tola...
E agora colho os frutos da tolice!
Que maduros caem no chão da desilusão!
Meu coração pequeno, sente o peso do seu não.
E minhas mãos sentem a força, do toque perdido de solidão...

E a cada batida do corpo coração...
Pulsa seu nome na parede do arrependimento!
Não sei se isso é bom ou não.
Mas ainda guardo comigo seu sorriso maldoso!
Seu cheiro intenso....Seu veneno a me embriagar!

E como vicio, tatuagem...
Você esta em mim...vivo!
Quebrando aos poucos,o resto que sobrou...
Dos cacos que você deixou!

ANINHA
escrita 23/03/11

Tarde


Nessa tarde que pode ser quente ou fria...
que pode ser distante ou vazia...
queria estar em seus braços...
te fazer companhia...
...cantar meus versos...
...dizer juras de amor ao léu...
tentar te entender...
e saber o por que de tanto te querer!
desvendar o véu...
e me perder ali...a sorrir!
tocar sua mão suave e delirar com seus beijos!
e fazer amor quente sorridente...
saber mais de você! mais de mim ,enfim...
Poder deslizar na colcha das ilusões...
e sonhar que um dia vai me amar.
Deixar toda a beleza escapar...
por entre os dedos …
como grãos de deserto....
como saudade sem fim!

escrita 12/02/2011
Aninha

domingo, 27 de novembro de 2011

Amado Inimigo


Um sol de mel...o dia vai claro....
Ela observa a paisagem...
O vento sopra folhas das arvores.
Que caem secas...solitárias!!!
Dum marrom morto de vida...

Ela caminha...trava batalhas.!
Guerreira, seguras as rédeas!
Na garganta as palavras esperam seu momento!!
Pra cair no papel..um novo pensamento...

Nas ruas agitadas, pessoas indo e vindo...
Como exercitos mudos...passam por ela...
Sem olhos...os escudos...
Feições desconhecidas....velhos...
Pique-esconde nos muros...

O outono chega tranquilo!
A guerra no inicio....a espera do amado inimigo...
Guerreira caminha com cuidado infinito...
Espera o poeta montado a cavalo...
Poder recitar-lhe ….mas um momento raro!!!

escrita 03/10/10
Aninha

Saga

Da vida que levo... Levo as horas desse dia.
Levo as memórias do ontem...

Desse dia que vivo...
Levo o cheiro da flor!
A troca dos farois
A música alta...a incomodar os ouvidos...

Dos minutos que carrego...
Levo um olhar, numa calçada!
O voô dum pássaro.
Um acorde sofrido...

Dos segundos que restam...
Levo a sensação boa!
Um suspiro de amor...
Um poema sem rima!

Da vida que levo...que trago comigo
Que carrego nas costas do coração...
Um brilho de estrela! Num céu infinito...
Um dia de domingo!
Uma folha caindo...mais uma estação!!
No despetalar da rosa, nas petalas secas...
Mais um verão!!!

escrito 07/11/10
Aninha


Poesia Vã

Quero viver assim.

Sem lágrimas, lamentos

Pesadelos ou Solidão!

Esqueci que o amor deve dar paz.

Ter gosto de beijo toda manhã!

Acrescentar a cada dia!

Ter corpo e desejo a qualquer hora...

Deve ser ousado e apaixonado!

Não deve ser tido como poesia vã...

Ele não deve gritar!E sim sussurrar...

Mas apenas de prazer

E felicidade!


(escrita em 21/06/10)    

Pagina em branco

Em seu coração vazio.
Uma pagina em branco.
Quando as palavras estao presas na garganta,
 esquecidas em lembranças.
Um passado, nem tão distante...

Poetas sentem dor!
São como um adeus ,na partida!
Um beijo, na despedida.
Um corpo frio, na solidão!

Os poetas choram...
Quando lhes faltam as palavras...
Para escrever uma carta...
ou dizer juras!
Hoje sou poeta triste. A palavra, o vento forte soprou!

Hoje sou poeta sem amor...
Coração calado,como um  velho dicionário empoeirado..
Página em branco, na sua palidez...
Tinteiro  vazio...caneta sem carga!

As palavras ficaram guardadas.
A poesia renascerá...
Com a chegada do amor!

Encher sua garganta de voz!
Seu coração com calor.
E as páginas em branco ...
De tinta vermelha!!!

Aninha

09/09/11